A Doença Celíaca e a “Intolerância ao Glúten”

O que é o Glúten?

A palavra glúten deriva do latim e significa “cola”. O glúten é um conjunto de proteínas de armazenamento denominadas prolaminas e glutaminas.

Encontra-se glúten no trigo, na cevada e no centeio, sendo muito usado na confecção do pão pela sua elasticidade mas, como é enriquecido em prolaminas e glutaminas, é incompletamente digerido pelo tubo digestivo humano, deixando péptidos longos (com 33 aminoácidos) em contacto com o nosso tubo digestivo.

Estas proteínas podem “penetrar” a parede do intestino delgado e, em indivíduos susceptíveis, pode desencadear uma resposta auto-imune responsável em parte pela doença celíaca.

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Probióticos em Gastrenterologia: indispensáveis ou um longo caminho a percorrer?

Nos últimos anos os probióticos têm ganho popularidade para o tratamento de um grande número de doenças, especialmente no foro da gastrenterologia.

O termo probiótico deriva do Grego e traduz-se para “pró-vida”.
Já utilizamos probióticos na Medicina há mais de 100 anos!

O primeiro probiótico (a bactéria E. coli Nissle 1917) foi utilizada em 1917.

Existem no mercado português múltiplos probióticos de diferentes marcas e com diferentes composições, tornando-se muito difícil discernir qual o mais adequado para uma determinada doença.

A investigação crescente na microbiota intestinal e do seu papel em múltiplas patologias (não exclusivamente do foro da gastrenterologia) tem levantado a possibilidade de controlar algumas doenças com a alteração da flora intestinal.

O trato gastrointestinal normal alberga mais de 500 diferentes espécies de bactérias e um conjunto de vírus (viroma) ainda mal investigados. Esta microbiota funciona como um verdadeiro biorreactor, facilitando a digestão, o fabrico de vários nutrientes e estimulando/moldando o nosso sistema imunitário.

Contudo, ainda muitas dúvidas existem sobre os verdadeiros benefícios e a correta forma de utilização dos probióticos.

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